domingo, 31 de outubro de 2010

Pequena Borboleta

Não da pra ser igual o tempo todo,
Borboleta quem não queria ser?
Na infância ou mesmo um pouco antes de morrer?
Eu sou apenas a parte amarga do mundo
Pequena e sozinha pensando para onde devo ir
Se as asas eu perder, nem lagarta mais voltarei a ser
Melhor ficar na terra e encontrar um dia o meu lugar
Esse canto onde continuo a ocupar, eu sei que não devo ficar
Mas agora que sou grande e não quero mais voar
Aprendi com a dor de ver meu sangue derramar
Que no mundo cada um tem o seu lugar.
Pode ser que um dia eu veja
Pode ser que um dia eu seja alguém melhor
Amanhã a sorte não sei se vem,
Por isso guardo no bolso as asas que cortei

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O amor?

É a língua seca, a unha arranhando o quadro negro, os pés pisando o asfalto quente.
Pode sentir assim? Pode ver como a simplicidade é facilmente fragilizada quando corremos riscos? Não vale acordar cantando nem disfarçar o pranto ou engolir a dor. Vale ser real e acreditar no que se tem, pedir a Deus todas as manhãs que seja real enquanto existe e “eterno enquanto dure”. São doces e meigas as estórias que nos contam, de príncipes e princesas, de heróis românticos como o próprio Romeu com sua Julieta, quero escrever o meu conto, encontrar o final certo, o final perfeito após um dia normal. Nada de mostrar á humanidade a harmonia perfeita entre o ser e o EU, quero desejá-la apenas para mim, e que eu saiba o quanto é bom estar aqui.
Enquanto o resto do mundo continua ai, sentado na janela ou no cordão da calçada esperando a dor passar, enquanto o mundo conta quantas lágrimas foram derramadas em vão, quero apenas estar aqui e continuar assim. Dono de mim mesmo, aprendendo uma nova lição a cada dia, chorando às vezes, sonhando às vezes, sorrindo às vezes. Até o Fim